quinta-feira, 11 de junho de 2009

Peixe-palhaço e relação ecológica



Peixe-palhaço

O colorido de seu corpo chama a atenção. Pode-se dizer que é um peixe exótico, cuja cor laranja e as tiras brancas ou azuladas, assim como a maneira desalinhada e desajeitada de nadar, dão sentido ao nome: peixe-palhaço.
Seu habitat natural são as águas tropicais e subtropicais, principalmente os recifes de corais do Indo-Pacífico, mas podem ser encontrados, em menor quantidade, no Caribe e no Mar Vermelho.
Os peixes-palhaço, também denominados peixes da anêmona, são da família Pomacentridae e de várias espécies, dentre as quais, as mais conhecidas são o Palhaço Tomate, o Palhaço Comum (Ocellaris), o Palhaço Sebae e o Palhaço Marrom e todas sobrevivem em cativeiro sem grandes dificuldades.


Relação ecológica com a anêmona-do-mar
É impossível falar sobre o Peixe-Palhaço sem ligá-lo à anêmona-do-mar, a sua principal companhia. Apesar da aparência inofensiva, a anêmona-do-mar possui células urticantes (cnidoblatos) na ponta dos tentáculos, que queimam e paralisam os peixes, para, em seguida, devorá-los. As anêmonas liberam substâncias químicas que atraem os peixes-palhaço, que são imunes ao seu veneno, devido ao muco que recobre esse peixe, evitando a ativação e liberação da secreção venenosa. Graças a essa harmonia, suas refeições (pequenos invertebrados) estão sempre garantidas. Essa relação ecológica com as anêmonas chama-se comensalismo, em que um indíviduo é beneficiado, sem prejudicar o outro. Assim, as anêmonas providenciam-lhes abrigo e o peixe-palhaço aproveita para esconder de seus predadores.


Curiosidade
Esses simpáticos peixinhos medem cerca de cinco centímetros e pesam, no máximo,150 gramas. Pequeninos no tamanho, mas exuberantes na vibração de suas cores, os peixes-palhaço possuem a capacidade de alternar seu sexo. Em geral, em cada anêmona existe um "harém" que consiste em uma fêmea grande, um macho reprodutor menor e outros machos não-reprodutivos, ainda menores. No caso da fêmea ser removida, o macho reprodutor muda de sexo, geralmente o maior deles, num processo chamado protandria, dando continuidade à espécie. Na reprodução, a fêmea desova no ambiente marinho e o macho fecunda os ovos com seu esperma (fecundação externa). Em relação a esta reversão sexual, é interessante destacar que é uma transformação hormonal e ocorre de acordo com a necessidade da colônia ou do local em que eles se encontram.

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